Há mais ou menos 1 ano a Motorola apresentava ao público brasileiro seu primeiro smartwatch, o Moto 360, mas outras marcas já mostravam produtos similares sem, no entanto, conseguir um resultado tão bom no que diz respeito a design, pois o gadget era o que mais se assemelhava ao relógio de pulso convencional ao lado do LG G Watch.
Na sequência desses eventos começou um debate sobre o futuro desse tipo de aparelho e se ele um dia poderia vir a substituir os relógios tradicionais. Obviamente muita gente correu para defender os mecanismos suíços e o trabalho artesanal dos relojoeiros, enquanto outros prontamente decretaram os smartwatches como sendo a evolução que os relógios necessitavam para acompanhar a tecnologia atual. Mesmo aqui no Canal Masculino nós chegamos a debater a respeito neste podcast.
Apesar de já ter uma opinião formada sobre o assunto, pedi ao pessoal da Motorola um Moto 360 para testes, mas não só para avaliar a performance do aparelho durante as tarefas diárias e sim para saber se ele dá conta de se encaixar no guarda roupas do homem moderno, mesclando-se a trajes casuais ou formais, afinal de que adianta um relógio ultra tecnológico se ele não poderá te acompanhar no dia a dia?
O modelo recebido para testes foi o da esquerda, totalmente preto.
O visual do Moto 360 ajuda muito, pois ele, até seu lançamento, era um dos poucos que lembrava um relógio normal, tanto por seu formato arredondado, quanto por suas dimensões, e é justamente por este motivo que o Moto 360 é o objeto dessa comparação. Outros produtos similares tomavam meu pulso de uma maneira pouco natural, dado o esforço das marcas para criar uma reduzida tela que permitisse o toque e interatividade, isso não acontece com o aparelho da Motorola que se esforça bastante em ter um mostrador de tamanho e formato normal o que deixa nosso comparativo bem mais nivelado!
Os moto 360 com pulseira de metal tem uma aparência de mais nobre, a pulseira de couro não funcionou muito bem.
A pulseira de couro do modelo testado por mim é um ponto negativo, já que o opção pela simplicidade acabou deixando-a com uma aparência barata e sem destaque, coisa que qualquer relógio acima de 500 reais supera facilmente. Recentemente chegaram ao Brasil os modelos compulseira de metal que resolvem esse problema com um visual mais sofisticado como mostrado aqui.
Mas o problema maior dos smatwatches não está exatamente no formato ou na pulseira, muito menos no tamanho, ao meu ver o grande ponto contra é mostrador. Em um relógio luxuoso, seja ele formal ou esportivo, o mostrador concentra a maior parte dos elementos que mostram seu valor, suas funções, o apuro visual e a assinatura de cada grife, nos smartwatches temos apenas uma tela preta em 90% do tempo devido a economia de bateria, e mesmo acesa ela nos passa uma aparência artificial que não se iguala a um belo relógio de pulso. Em looks casuais isso passa despercebido, dá para usar o gadget tranquilamente e até dá para combinar com umas pulseiras masculinas, mas quando experimentamos a peça com traje formal infelizmente nada funciona do ponto de vista estético e aquela bola preta no pulso fica muito deslocada!
Com roupas casuais ele até que se sai bem, mas lembtre-se que na maior parte do tempo a tela está apagada, ela só se ativa com o toque no botão lateral ou com o sensor.
Do ponto de vista funcional o Moto 360 é muito bacana: faz monitoramento cardíaco, marca o números de passos dados no dia e calorias gastas, além de se conectar ao smartphone para exibir com facilidade temperatura, alertas de texto, recebimento de mensagens, mapas e rotas, permitindo até dar play ou pause em arquivos de som. A interface simples e colorida é de fácil leitura, bastando virar o pulso para rolar os alertas e mensagens. O único inconveniente é que quando elas aparecem na tela principal prejudicam o design dos mostradores que, aliás, são diversos, indo do clássico ao digital. Comigo a bateria tem durado umas 10 horas, o que não é muita coisa, a vantagem é que o carregador não demora a carregá-la, mas seria ainda melhor se fosse possível conectá-lo ao notebook para não depender de tomadas.
Mais um exemplos das telas de notificação do Moto 360.
Combinar um smartwatch com roupas casuais não é difícil, pois se os detalhes não são seu ponto alto, seu visual clean acaba compensando, criando uma peça que pode ser usada com um traje que une jeans, camiseta, camisa xadrez e jaqueta para passeio ou até mesmo uma bermuda e camiseta dry fit para exercícios físicos. No caso do Moto 360 também podemos adicionar pulseiras de couro ou metal para fazer um visual rocker, ou contas, cabos náuticos e cordões para algo mais leve, seu design permite.
No traje para trabalho também dá para encaixar o smartwatch desde que o dress code da empresa seja liberal e permita misturar peças de vários estilos, mas como já disse, na hora de combiná-lo com um terno a peça fica deslocada e não tem o mesmo efeito visual de um relógio clássico e estiloso.
Conclusão:
Se você é fã de produtos de alta tecnologia e acredita que este gadget vai facilitar suas tarefas diárias, eu diria que o investimento de 1.099 reais (modelo com pulseira de metal) pode valer a pena, desde que você já tenha um bom relógio com pulseira de couro na gaveta, já que em algumas ocasiões (um casamento, por exemplo) ele é fundamental e insubstituível.
O funcionamento do Moto 360 com meu Moto X é perfeito e acho que a Motorola devia pensar em criar um pacote onde a compra dos dois gadgets juntos gerasse um desconto considerável, faria muita gente pensar a respeito, inclusive eu!
Mais informações: www.motorola.com.br
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