O “BBB15” é o Brasil cuspido e escarrado. Mostra escancaradamente o que é nosso país não só na miscigenação de seus integrantes (é a primeira vez que há três negros em uma mesma edição), mas também na reação que tem causado fora da casa. O episódio Angélica é exemplar. Avaliada como intransigente, turrona, irascível e até arrogante, ela acabou sendo vitimada pelo racismo nas redes sociais. Nada mais Brasil do que jogar a cor na cara de um negro quando não se gosta dele.
É o famoso “só podia ser preto” que o sujeito solta no trânsito quando vê que o outro motorista é negro No programa de Ana Maria Braga, ontem pela manhã, Angélica lançou a pergunta: “será que se eu fosse loira de olho azul teria dado toda essa polêmica?”. Sabemos que não. Já houve gente muito mais turrona do que Angélica em BBBs anteriores que não recebeu o epiteto de arrogante. No caso eram pessoas de “personalidade forte”.
Na noite de terça, pouco antes de Bial anunciar o eliminado, a mãe de Angélica desabafou: era um alívio a saída da filha do programa. Segundo ela, as pessoas estavam insultando a família pelas redes sociais – chamando mãe e filha de macaco (racistas são muito originais nas ofensas) e desenhando-as em jaulas. A mãe revelou, inclusive, que os filhos de Angélica não estavam indo para a escola por temor que fossem ofendidos. Coisas do “meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro”. Vale lembrar que o poeta Bial rapidamente abortou o assunto.
Dai me pergunto que pais evoluido é este? Onde no carnaval é necessario fazer propaganda na tv ensinando os folios a mijar nos banheiros, onde um programa de TV que arrecarda em torno de 20 milhoes por eliminação de participante, que faz apologia ao sexo sem camisinha, ao palavrao, a baixaria, e ainda assim pessoas seguem e se deixam influenciar pelo mesmo, mostrando racismo e hostilizando a familia de uma pessoa em redes sociais.
Este é a parte do Brasil que ninguem quer ver!!!
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