E VOCE SABE O QUE É LEISHMANIOSE?

Apesar de ter matado 2.704 pessoas no Brasil entre 2000 e 2011, a leishmaniose continua sendo uma doença negligenciada. Transmitida pelo flebótomo - conhecido popularmente como mosquito-palha - a enfermidade ataca seres humanos, cães, gatos e animais silvestres. A contaminação não acontece de pessoa para pessoa ou de animal para animal. É necessária a presença do inseto para disseminar os vários tipos do protozoário leishmania.

O que é Leishmaniose?
Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como "ferida brava". A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos freqüente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.

Os números referentes à contaminação por leishmaniose são alarmantes. De 1992 a 2011, foram registrados 600 mil casos da doença no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Todos os especialistas ouvidos pelo O POVO foram enfáticos: a leishmaniose é uma enfermidade negligenciada até entre as outras doenças consideradas negligenciadas (malária, tuberculose, Doença do Sono, Doença de Chagas). A falta de informações aliada à brutalidade dos (poucos) tratamentos disponíveis só colabora para seu avanço.
Causas
Transmissão
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso. Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.

Doença é transmitida por mosquitos

As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico.

Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.



Sintomas de Leishmaniose

Leishmaniose visceral: febre irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.

Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.


Diagnóstico de Leishmaniose
O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte.

Prevenção
Evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata
Fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde
Evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata
Utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença
Usar mosquiteiros para dormir
Usar telas protetoras em janelas e portas.

Classificação científica do mosquito palha:

Reino: Animalia

Filo: Arthropoda

Classe: Insecta

Subclasse: Pterygota

Infraclasse: Neoptera

Superordem: Endopterygota

Ordem: Diptera

Família: Psychodidae

Subfamília: Phlebotominae

Informações e características:

- A Mosquito-Palha é um inseto muito presente em regiões de florestas e arbustos. Porém, com a constante modificação ambiental provocada pelo homem, é possível também encontrar o mosquito-palha em áreas urbanizadas. Habitam, principalmente, locais úmidos, escuros e com muitas plantas.

- São também conhecidos no Brasil como mosquito birigui, tatuquira, asa branca e cangalha.

- São mosquitos pequenos e quando pousam permanecem com as asas levantadas.

- Existem cerca de 400 espécies de mosquito-palha.

- Como o alimento do mosquito é o sangue, costumam picar seres humanos e animais para se alimentarem.

- Habitam, principalmente, regiões de florestas do continente Americano.
- O mosquito-palha do gênero Lutzomyia pode transmitir ao homem, através de picada, um protozoário do gênero Leishmania. A doença é conhecida como Leishmaniose. A picada costuma de um mosquito-palha costuma doer muito. A doença pode também acometer cães.

- As fêmeas colocam seus ovos em locais úmidos na terra (sob folhas e pedras). 

Links Úteis

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fontes e referências

Ministério da Saúde

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